BRADO DE AMOR

Àgua, és sangue correndo neste solo sagrado

Aquí ouvimos o teu brado,

Pedindo socorro, flágil vida que tú és.

Os homens tentam te matar

Cujo crime teu foi saciar

Aqueles que te calcam com os pés.

Em ti foi gerada a vida,

Aos primeiros destes guarida

Para que um mundo novo se formasse.

Hoje, após tanto tempo passar

Estes que estão a te matar,

são os mesmos que tú geraste.

Ouvimos teu brado, aquí estamos

Meiga rainha, perdoa se erramos

Em nossa cruel insaciedade.

Se estamos te poluindo,

Se teus rios e mares estamos destruindo,

Vítima inocente de nossa nefasta insanidade.

Àgua, manancial de amor em tua graça,

Riqueza da terra; por onde passas

Tudo faz renascer de novo.

Teus rios, oceanos e mares,

Teu Arco Íris cortando os ares

É a aliança de DEUS com o seu povo.

Ademar de Paula
Enviado por Ademar de Paula em 22/10/2010
Código do texto: T2572642