BRADO DE AMOR
Àgua, és sangue correndo neste solo sagrado
Aquí ouvimos o teu brado,
Pedindo socorro, flágil vida que tú és.
Os homens tentam te matar
Cujo crime teu foi saciar
Aqueles que te calcam com os pés.
Em ti foi gerada a vida,
Aos primeiros destes guarida
Para que um mundo novo se formasse.
Hoje, após tanto tempo passar
Estes que estão a te matar,
são os mesmos que tú geraste.
Ouvimos teu brado, aquí estamos
Meiga rainha, perdoa se erramos
Em nossa cruel insaciedade.
Se estamos te poluindo,
Se teus rios e mares estamos destruindo,
Vítima inocente de nossa nefasta insanidade.
Àgua, manancial de amor em tua graça,
Riqueza da terra; por onde passas
Tudo faz renascer de novo.
Teus rios, oceanos e mares,
Teu Arco Íris cortando os ares
É a aliança de DEUS com o seu povo.