Cruzada
Outra vez sinto as batidas do teu coração
Perco a razão só de pensar
Que um dia tive uma paixão
Mergulho no desespero
Tenho medo de imaginar
Teu futuro traçado
Fico largado pelos cantos
Cantando o meu pranto
E recitando as minhas magoas
Às vezes penso como o destino é injusto,
Cruel e sagaz com a gente
Devorando cada dia um pouco
Zerando o meu estoque de confiança
E otimismo, fazendo de mim
Apenas um menino
Que chora a perda da mãe esperança
Sepultada sem dó e piedade
Por essa força maior que vem de dentro
Mesmo sabendo que não posso insistir
Prefiro fingir que nada disso aconteceu
Pra só assim poder achar novamente
Esse tesouro que Deus me deu.