A Dança

Como é longa a espera e saber-te tão distante

Todos os dias fustigada por saber como é teu dia

Como é amarga a distância e não poder tocar-te

E amar-te é só da minha vida o que eu queria

Como é áspero o lençol que me acoberta se debaixo dele não estás

E árdua esta vida se teus lábios pra beijar não tenho mais

Adormeço e espero pelo sonho que não vem

Peço a Deus: - Deix’eu sonhar com meu amado, por favor, amém

Como é triste não poder ter teu abraço em cada chegada minha

E não ter para quem “com amor e carinho” dedicar minhas poesias

Sigo a vida na tortura insana de não ter mais motivos nem causas

Esperando o fim, que nas entrelinhas da vida, só será uma pausa

Para quem sabe encontrar-te, onde a vida não faz show nem arte

Do outro lado, onde os corações infinitamente se amam

Sem ter condição, sem ter porque, ou ter senão

Só sentem, se doam e de nada reclamam

Neste dia vou dedicar a ti minhas canções, odes e pensamentos

Dedicar-te-ei também o fim de todo esse tormento

Que nesta vida sem ti, eternamente me assolou

De tudo somente a ferida que nunca cicatrizou

Vou beijar teu rosto, e dizer-te mil coisas sem palavras

Apalpar tuas cãs, se é que velho serás

E pedir-te algo que em mim guardado ficou:

- Querido, vamos continuar aquela dança de uma noite de estrelas que nunca se acabou!

JANA CRAVO
Enviado por JANA CRAVO em 02/08/2010
Reeditado em 03/08/2010
Código do texto: T2414202
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