QUEM ME DERA

Quem me dera

Roubar-te na noite e beijar-te até os meus lábios adormecer

Adoecer de amor, sem saber desse amor no amanhã o que irá acontecer

Quem me dera

Cantar-te em canções que ecoassem nos cânions mais fundos

Desse mundo, vagabundo, que te espero guardando-te o amor mais denso e profundo

Quem me dera

Acariciar tua pele alva e deleitar-me na placidez da calmaria de teus olhos castanhos

Tez de estanho, o teu ouro guardei para mim, dos troféus o melhor que hoje eu ganho

Que me dera

Resgatar-te do passado distante em que me amavas sem ter tempo nem fim

Querubim, da minha vida, assim, me deixou sem ter pena de mim

Eu queria

Ler para ti minhas poesias, todas que fiz no momento em que te amei com ardor

Por favor, nesses versos de amor, só escondas e leias depressa os que te causam rubor

Eu queria

Dar-te de presente a lua, as estrelas, as nebulosas e todas as constelações

Emoções mais hermosas escolhidas, figurando entre tristes canções

Eu queria

Te cuidar feito flor, colocar-te em redoma, e cuidar-te minha rosa rara

Minha jóia cara, e te colher quando maduras fosse nessa minha seara

Eu queria

Te curar a ferida, amansar tua vida nos embalos do meu colo te enlevar

Carregar essa cruz que te cansa para tu nos meus braços pra sempre poder descansar

Eu sigo nesses “queros” e “quem me deras”

Pra fingir a quimera que é não ter-te por perto

Destino incerto que para longe de mim te carregou

A beleza ceifou, desse conto de fadas

E hoje, não resta nada

Só resta a dor que dentro de mim ficou

JANA CRAVO
Enviado por JANA CRAVO em 28/07/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2404882
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.