QUEM ME DERA
Quem me dera
Roubar-te na noite e beijar-te até os meus lábios adormecer
Adoecer de amor, sem saber desse amor no amanhã o que irá acontecer
Quem me dera
Cantar-te em canções que ecoassem nos cânions mais fundos
Desse mundo, vagabundo, que te espero guardando-te o amor mais denso e profundo
Quem me dera
Acariciar tua pele alva e deleitar-me na placidez da calmaria de teus olhos castanhos
Tez de estanho, o teu ouro guardei para mim, dos troféus o melhor que hoje eu ganho
Que me dera
Resgatar-te do passado distante em que me amavas sem ter tempo nem fim
Querubim, da minha vida, assim, me deixou sem ter pena de mim
Eu queria
Ler para ti minhas poesias, todas que fiz no momento em que te amei com ardor
Por favor, nesses versos de amor, só escondas e leias depressa os que te causam rubor
Eu queria
Dar-te de presente a lua, as estrelas, as nebulosas e todas as constelações
Emoções mais hermosas escolhidas, figurando entre tristes canções
Eu queria
Te cuidar feito flor, colocar-te em redoma, e cuidar-te minha rosa rara
Minha jóia cara, e te colher quando maduras fosse nessa minha seara
Eu queria
Te curar a ferida, amansar tua vida nos embalos do meu colo te enlevar
Carregar essa cruz que te cansa para tu nos meus braços pra sempre poder descansar
Eu sigo nesses “queros” e “quem me deras”
Pra fingir a quimera que é não ter-te por perto
Destino incerto que para longe de mim te carregou
A beleza ceifou, desse conto de fadas
E hoje, não resta nada
Só resta a dor que dentro de mim ficou