Fora do Curso
Falo ininterruptamente, do assunto que mais me interessa.
Repito-me, porque tenho pressa
Em ver semeadas as sementes,
Através do despertar das mentes,
Que habitam meu coração,
Originadas na generosidade da vastidão.
Corrói-me por dentro,
Perceber o quanto ainda estamos desconectados do centro
Do furacão
Da Criação.
Estamos perdendo tempo,
Insistindo no mesmo velho e doentio sofrimento.
Adotamos a ilusão como estrada,
Mesmo estando toda ela desbarrancada...
Seu pavimento já era.
Em seu percurso
Todo fora do curso,
Estão mortas todas as primaveras.
Digladiamo-nos discutindo religião,
Num exercício insano de intolerância,
De impedância,
De arrogância...
O que atesta nossa imbatível ignorância.
E, assim saímos totalmente do divino curso.
Insistimos, ainda, em manipular para usar,
Ao invés de auxiliar
E, as diferenças agregar,
Para verdadeiramente prosperar.
Não aceito esse retrocesso,
Travestido de progresso.
Aonde pretendemos chegar
Sem a indispensável compreensão
Que somos TODOS IRMÃOS?
Será que é tão difícil de enxergar
A urgência da união,
Para fazermos jus ao nosso chão?
Até quando discutiremos os projetos nucleares,
Ao invés de nos determos nos entalhes estelares.
Meu Deus! É tudo tão óbvio!
Mas não enxergamos porque estamos narcotizados em ópios.
Sendo o pior deles a sensação de poder advinda da material ambição.
Exemplar exercício de dependência, cegueira e consternação.
Os líderes mundiais?
Todos absolutamente bossais!
Sejam da direita, da esquerda ou do centro...
Do oriente ou do ocidente,
Todos dementes!
Disputam, entre si, o pior, o mais egoísta argumento.
Ressuscitamos e demos poder
A uma avalanche de tiranos.
Que trágico engano!
Quando iremos perceber
As suas péssimas intenções,
Disfarçadas em generosas soluções.
Estamos deteriorando do social, a prima matéria!
Que tristeza,
Que pobreza,
Essa demagoga e evidente exploração da miséria,
Já tão miserável,
Já tão universalmente INACEITÁVEL!
Acorda meu povo!
Estamos sendo enganados, de novo!!!