RENASCENÇA

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Não sei se é o sótão ou o porão

que devo faxinar primeiro.

Limpo as teias que envolvem o pensamento

ou o sentimento que enlevou minhas veias?

Um amor excluído depois de concluído,

deixa vestígios imbuídos em pranto.

O tecido que outrora recebeu nosso delírio,

agora é embebido de martírio,

que escorre pelos mesmos olhos;

aqueles que foram sinceros no desejo

e ardentes no gozo.

Porém, o sol que entra pela janela

seca todo ressentimento...

Retira das paredes

todo bolor do tempo

e as marcas de um sentir frio.

Deixo soprar o vento...

Novos ares!

Novo acontecimento!

Novo amor em novos mares...

Renascimento.

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 11/05/2010
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