VAZANTE
Uma luz movida, defronte as lentas tardes.
Sonolento sol ledo, faiscando nos montes.
Ocre docemente, nuns culminantes alardes.
Pintando nos quadros, coloridos horizontes.
Raio cumprimentando a noite, pelo retorno.
A lua chegando tímida, enquanto breu espia.
As árvores saudando, num celestial adorno.
Derriçando serenados galhos, doce ventania
Alternando canções, retumbam estampidos.
Especiais momentos, aureolando melodias.
Entre harpas ondulantes, feito sustenidos.
Enfeite recorrente,nas partituras dos dias.
Mitigando inspiração, vazante de emoções.
Adentrando numa alma, fazendo moradias.
Alvejando nuvens, semelhando demolições.
Rotina dando cor, anoitecendo em poesias.