LONGÍNQUO
Gélida, minha existência vai
Caminha por montes de neve
Gemendo os meus tantos ais
No peito o ar me faz greve
Vento de longe me consola
Abraça-me serenamente
A tristeza que a mim assola
Faz sumir tão de repente
Com seu sopro prazeiroso
Sopra o vento com insistência
Espantando o temeroso
Torpor da minha existência
(Lena Ferreira)