MEU SERTÃO

 

No meu sertão

A dor que nos aflige

É a falta de ganhar o pão

Pois a seca nos atinge.

No meu sertão

É duro ganhar a vida

Pois se torna duro o chão

E a terra torna-se ressequida.

 

No meu sertão

Vivemos sempre a rogar

Ao senhor da consolação

Que venha nos ajudar.

Lá no meu sertão

A semente dificilmente brota

Pois a água que sai do grotão

Nunca chega a nossa horta.

 

De mãos erguidas ao céu

Vivemos em constante oração

Pensamentos voam ao léu

Vivemos sempre em peregrinação.

Crianças não querem saber

De onde podemos tirar o pão

Quando a fome vem pra valer

Dói o coração ter que dizer não.

 

A semente para germinar

Precisa de água e adubação

Mas a seca que temos as faz matar

Antes que nasça o primeiro grão.

Vivemos em constante tristeza

Sem água sem luz, mas com sol a pino

Mesmo assim admiramos a natureza

E ao senhor da gloria cantamos hino.

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 04/05/2009
Código do texto: T1575296
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