UM AMOR QUE FOI EMBORA
Autor: Soélis Sanches
Pelas alamedas onde cantam os bem-te-vis,
Nos lindos e floridos jardins onde bailam os colibris,
... andava perdido procurando te encontrar;
Vagando por onde a noite vira dia,
E com minha poesia que não tem rima.
Onde o céu e o sol deixavam um rastro de luz,
Anunciando o raiar da aurora,
Chorando por um amor que foi embora.
Carregando o peso de minha cruz,
Sinto a partida do orvalho que evapora,
E minh´alma chora !
Chegando nas areias frias da praia que dorme mansa,
Seguindo o balanço da onda que dança...
Procuro um novo olhar, buscando outra paixão,
Pra esquecer essa ilusão.
Se te amar tanto não valeu, pobre coração meu !
Adorei-te tanto que meu amor de tão imenso buscava o infinito ...
Esquecer-te-ei agora tristeza bandida,
Que de meu peito será pra sempre banida.
E, por mais devagar e leve que eu pise a areia fria da praia, meus passos serão sempre firmes e profundos;
A sua distância deu um final ao meu sonho ...
Mas como uma fênix renasceu para a vida;
Um novo amor irá ao meu coração plantar,
Novamente voltarei a amar,
E pra sempre te esquecerei pobre desabrida.