SILÊNCIO POR FAVOR

SILÊNCIO POR FAVOR

Sou eu que desejo romper a madrugada

E esqueço os fantasmas das ruas.

Caminho deslumbrada,

As luzes me inebriam,

A solidão não me apavora

E outros, querem ser loucos como eu.

Eu simplesmente não consigo parar.

A paisagem me atrai.

Atravesso um espelho d’água,

Sigo na contra mão

E ninguém se atreve a me tocar

Só o vento me acaricia,

O mundo é só meu.

Livre, absoluta, eu ignoro os vultos.

Os ruídos raros não me atormentam.

São os gênios do mal que perambulam,

Eles estão atônitos.

Os pássaros dormem,

Os anjos também dormem,

A cidade cintila,

A lua me ilude

E diz que há liberdade.

Fátima Almeida

Janeiro / 2009

Mary Fa
Enviado por Mary Fa em 29/01/2009
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