Eis o Homem

Três pregos através de madeira e carne

A trindade que leva o homem e deixa a salvação

Três prévios atos, três erros, que levam à perdição

Onde está o vero homem, sem muito alarde?

Aquele homem sereno, elegante em seu saber

A quem o mar, em respeito, se curva à passagem

Aquele homem que traz muito mais que mensagem

O homem que lhe dá o cálice de vinho puro a beber

Tem toda a comida de que precisa, seja menos ou mais

E vagou à deriva, mãe doída, para sofrer(?)

E carregou fardos, amigo incréu, sem água sorver(?)

E ouve a todos e sorri, sem juízos ou cobranças tais

Onde está o homem que não precisa de calmante

A quem a vida em si basta como verdade

Mas que não deve ao amor à sabedoria fidelidade

Ecce Homo, que paz transpira, verdadeiro amante