Inutilmente
Dedico-me na vida, a ser simples e coerente,
Alcançar rumos que me façam feliz,
Utilizando-me das forças do coração,
Mas, sinto Senhor, que tudo é inutilmente!
Pretendo instruir-me nos livros de filosofia,
Onde mestres nos ensinam com alegria
E, apesar da minha dedicação e carinho,
Vejo longas trilhas no caminho
onde me esforço incansavelmente,
Mas, sinto Senhor, que tudo é inutilmente!
As guerras se espalham mundo a fora,
Crianças órfãs sendo mortas,
Idosos judiados e desrespeitados,
Rios, terras e animais maltratados,
A Natureza castigada impiedosamente
E, sinto Senhor, que vivemos inutilmente!
Quem sabe um dia, tudo isso finde,
Para que troquemos as vestes da dor,
Pelas abençoadas vestes do amor
E possamos nos abraçar irmãmente,
Aí, então, Senhor, terei a certeza
De que nem tudo foi ou será inutilmente!...