NUMA MANHÃ

NUMA MANHÃ

Numa manhã de um domingo qualquer

Quando houver uma luz que acenda o caminho,

Hei-de palmilhar veredas e estradas

Rasgando alvoradas

Contigo ou sozinho!

Numa manhã de um domingo que é santo

E em toda a parte é dia de prece,

Vou mostrar que a reza às vezes não chega

Que muita até cega

E a guerra acontece

Relembrar que a força não está nos canhões

Que explodem e matam os homens de paz.

Lançarei sorrisos em chuva de letras...

Ideias profetas?

Mas eu sou capaz!

Pretendo ir além, até do que entendo!

Bem mais que quem mata e se orgulha depois!

Irei como um louco correndo o caminho

Contigo ou sozinho!

Mas vem, somos dois...

Traz mais um amigo, faremos um trio!

E outro e mais outro hão-de vir sem custo!

Lá no fim da estrada não há mais desvio:

Veremos felizes na força do brio

Um mundo mais justo!

É longo o caminho daqui até lá...

Muitos pereceram... foi forte o sufoco!

Não temas agruras nem distância grande!

- Um pouco que se ande

Será sempre um pouco.

Joaquim Sustelo

(em MURMÚRIOS NO TEMPO)

Joaquim Sustelo
Enviado por Joaquim Sustelo em 11/11/2008
Código do texto: T1277350
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