NUMA MANHÃ
NUMA MANHÃ
Numa manhã de um domingo qualquer
Quando houver uma luz que acenda o caminho,
Hei-de palmilhar veredas e estradas
Rasgando alvoradas
Contigo ou sozinho!
Numa manhã de um domingo que é santo
E em toda a parte é dia de prece,
Vou mostrar que a reza às vezes não chega
Que muita até cega
E a guerra acontece
Relembrar que a força não está nos canhões
Que explodem e matam os homens de paz.
Lançarei sorrisos em chuva de letras...
Ideias profetas?
Mas eu sou capaz!
Pretendo ir além, até do que entendo!
Bem mais que quem mata e se orgulha depois!
Irei como um louco correndo o caminho
Contigo ou sozinho!
Mas vem, somos dois...
Traz mais um amigo, faremos um trio!
E outro e mais outro hão-de vir sem custo!
Lá no fim da estrada não há mais desvio:
Veremos felizes na força do brio
Um mundo mais justo!
É longo o caminho daqui até lá...
Muitos pereceram... foi forte o sufoco!
Não temas agruras nem distância grande!
- Um pouco que se ande
Será sempre um pouco.
Joaquim Sustelo
(em MURMÚRIOS NO TEMPO)