AS MANHÃS DO MEU AMANHÃ...
Hoje preciso de algo...
algo que em mim provoca grande falta...
algo pra eu sentir que tudo muda...e que nada é para sempre.
Hoje eu apenas queria despertar pra vida, sentir-me livre e serena
pra meu sorriso desabrochar nas futuras manhãs do meu amanhã...
Talvez, para isto quem sabe, eu tenha que viver o hoje,
sem as sequelas das mazelas do meu ontem;
e eu nem sei bem o que é isso,
já que a vida ainda não me deu a chance
de extrair do meu ontem o que de bom, restou...
A verdade é que hoje, minha manhã está cinza,
como cinza está meu coração; sentimentos em frangalhos
E com os pés descalços, desolada, e já quase sem forças
rogo ao meu Deus, que me ajude e me prepare
para as manhãs sem sol; para as agruras que possam vir.
E se hoje minha manhã está cinza,
tambem sou cinzas, sou pó.
Em meu hoje a estrela de quinta grandeza
neste instante de tristeza, esconde sua rara beleza,
sou desalento; esmorecimento...abatimento!
Mas tomara que em meio aos escombros do desalento,
eu encontre em meu cançasso uma gota mínima que seja,
de um perfume bom; quem sabe, do cheiro suave da esperança!
E que nas manhãs do meu amanhã, eu possa ter o "Sol da justiça"
iluminando meu rôsto e minha vida, tornando mais leve, meu ser.
Tomara que Deus me desvende os olhos para as farças
e disfarces dos que vivem a semear o desrespeito;
que me livre da discórdia e da falsidade rotulada de "amor"...
Sim...que eu possa enxergar além; além de palavras,
além de abraços sem vínculos e de gestos pela metade.
(Janete Fernandes - 11/08/08)
*** este poema foi escrito num misto de decepção, tristeza, cançasso, desalento e tantas outras coisas que abalam a alma ás vezes. Quando no limite de nossas forças, o que nos resta é a esperança de dias melhores!