Minha Síntese ( A mão da condenação)
Há uma linha tênue entre o ser e o nada.
Entre o ver e o negar.
Entre o sentir e o ocultar.
Entre o amar e o desistir.
Seria isso, portanto, a minha síntese.
Por mais cruel que sejam as verdades que saltam aos nossos olhos no momento exato e inesperado,
há sempre a necessidade de entendê-las para que depois,
bem depois,
possamos absorvê-las como palavras de ordem e desculpas para a nossa covardia.
Sou a síntese de mim.
Sou o que restou de mim mesmo.
Mas ainda aguardo a mais breve solução,
para que eu possa sair desse lugar onde estou,
onde a mão que me prometeu salvação assinou a mais bruta sentença de solidão.
Não posso esperar mais nada.