Nada de mim
Um eco no horizonte,
Este vazio parece perpétuo,
Não sou mais eu.
Espadas e punhais,
Transpassaram meu coração
Retiraram minha razão.
As lágrimas são, agora, minhas fiéis companheiras.
Minhas mãos vazias, padecem a falta do meu sonho,
Ele não existe mais.
O brilho do sol confunde-se com o brilho salobo dos olhos,
Este sorriso não é espontâneo,
É um risco numa tela branca com carmim.
O que restou? Furia.
O que ficará? Sobras.
Tento me encontrar.
Tremem as mãos e esforçam-se para encontrar o rosto,
Talvez reste algo, quem sabe.
Dessa perdição.
Nem mesmo o espelho é capaz de refletir
oque de nada encontro em mim.