Imprevisão


 
Procuro-te no
espaço, nos enigmas, até nas minhas orações,
Busco no
opaco, a remanência dos traços do teu viver...
Sumistes,
quem sabe, na frigidez das tuas frustrações,
Ficaram no
meu coração, indeléveis, marcas do teu ser,
Quero encontrar-te
para aliviares as minhas tensões...

Diviso na
bruma, apenas vultos de cometas desorientados,
Cruzo as
cruzes, fantasmas das da minha imponderação,
Vive
meu pensamento no conflito do inerte e do arrebatado,
Nada resta das fantasias dessa desencontrada imaginação,
Senão a onírica procura de um amor, confuso, alienado...

Preferes, acredito, nessa
inconcebível e ambulante vida,
O
ruído do som dos astros, imagino afônico, abafado,
Ao
sussurrar de palavras doces, humanas, embevecidas
De
onde emergem as paixões ou um viver de amor realizado.
 
estou a sonhar, pensar como conviver no impossível,
E
ter êxito em desvendar os mistérios do amor,
Quem sabe! Como o milagre cura a dor,
Espero o abordo do
imprevisível.

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 04/01/2008
Código do texto: T803149