A LADAINHA DO ROMPIMENTO
Fazes o que queres
Queres sumir ao vento
E como o alento
Morrer sufocante
Tente viver novamente
Buscar ver e ser gente
Sem ser prisão indevida
Da sua intensa covardia
Partirás infinito desejo
Sem dizer palavras sutis
E como longe do beijo
Morrerás longe de mim
Vá embora, corras agora
Chegou o poço da hora
Que dividirás nossas carnes
Para sempre, amém
E quem dirás o contrário
Não saberás o que foi
Buscar ser amado
Sem lembrança de relicário
Fostes eu a salvação
Fostes tu minha perdição
Fostes nós uma fantasia
Fostes nós uma mentira
Momento oportuno do rio
Abraçar todas as mágoas
E sem medo nem falta
Deteriorar toda a esperança
Sentença maior é o fim
Que precisas acontecer
Sem coragem o amanhecer
Para então você sumir