O Transe.

Este tumulto

É a repetição de tantos outros,

São camadas de uma tinta fresca Sobrepondo pinturas antigas,

Este transe

É um fenômeno ancestral,

E esta cegueira

É o retrato mais fiel da condição humana,

Este tapar de ouvidos,

Estes urros de INTOLERÂNCIA,

Estas sacras Bandeiras...

São os estigmas de uma doença terminal,

E tudo o que é dito

Deve ser medido,

E aquilo que se ama

Precisa ser validado em juízo,

É a liturgia do advento de um Cristo

recriado,

Pelos hipócritas que determinam

O que é certo e errado,

Seus profetas menores,

Estão com armas nas mãos,

Gritando a plenos pulmões,

Que seu Deus é amor,

Mas já mataram antes,

Porque creem na expiação pelo sacrifício,

E que seus desejos lascivos desaparecerão,

Junto com as cinzas de bruxas sensuais queimadas em fogo pentecostal.

Fabio Kilcher
Enviado por Fabio Kilcher em 16/10/2022
Reeditado em 16/10/2022
Código do texto: T7628790
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.