Sentado

Sentado na mesa

Dentro de um bar

Sofrendo pela mulher

Que dantes dizia me amar

Sentado num banco

De uma praça qualquer

Esperando por ela passar

Aquela mesma mulher

Ah sim aquela mulher

Que antes mensagens comigo trocava

Dizia por todos os cantos me amar

E eu feito bobo acreditava

Sentado nas nuvens

Olhando para a terra

Anjos nos observam

São testemunhas desta guerra

A guerra do meu eu

Que luta para esquecer o teu seu

Seu amor que dizia sentir

E que um dia ao me ver partir nem sofreu

Sentado numa mesa escrevo

Versos e prosas numa folha qualquer

Pedaços de mim ao chão caídos

Tentando um a um recolher

Sentado na beira da cama

Me deito a dormir mais uma das muitas noites

E pela manhã ao me acordar

Hei de não lembrar dos açoites

Açoites das lembranças

Que me voltam de tempos em tempos

E me levam às distantes lembranças

Que por vezes me vem aos pensamentos.

Deitado na cama termino estes versos

Olhos pregados de sono

Indo dormir para descansar

Lembro-me que da história não sou mais o dono

Robnho Da Madeira
Enviado por Robnho Da Madeira em 17/07/2022
Reeditado em 17/07/2022
Código do texto: T7561935
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.