Sentado
Sentado na mesa
Dentro de um bar
Sofrendo pela mulher
Que dantes dizia me amar
Sentado num banco
De uma praça qualquer
Esperando por ela passar
Aquela mesma mulher
Ah sim aquela mulher
Que antes mensagens comigo trocava
Dizia por todos os cantos me amar
E eu feito bobo acreditava
Sentado nas nuvens
Olhando para a terra
Anjos nos observam
São testemunhas desta guerra
A guerra do meu eu
Que luta para esquecer o teu seu
Seu amor que dizia sentir
E que um dia ao me ver partir nem sofreu
Sentado numa mesa escrevo
Versos e prosas numa folha qualquer
Pedaços de mim ao chão caídos
Tentando um a um recolher
Sentado na beira da cama
Me deito a dormir mais uma das muitas noites
E pela manhã ao me acordar
Hei de não lembrar dos açoites
Açoites das lembranças
Que me voltam de tempos em tempos
E me levam às distantes lembranças
Que por vezes me vem aos pensamentos.
Deitado na cama termino estes versos
Olhos pregados de sono
Indo dormir para descansar
Lembro-me que da história não sou mais o dono