Um mendigo ignorado
Em andrajos e a bater de porta em porta
Vive um mendigo despojado do orgulho
Mas apesar dele fazer muito barulho
Nem por instantes reverbera numa aorta
Os corações viraram castelos reforçados
Em cujas portas as aldravas tão silentes
Cumprem papéis de afastar inconvenientes
Para proteger seus Castelões ameaçados
Esse andarilho, roto, sujo e esfomeado
Só ameaça o status quo, a paz e a vida
Agitando a alma experiente e precavida
De quem viveu amor em dor entremeado.
Sabiamente fecha a porta, o ouvido, o peito
Não dá guarida ao sentimento desvalido
Ignora-o até que desista e parta combalido
Para onde e o como já não lhe diz respeito;
Pra acalentar esse pedinte esfarrapado
É necessário ser ingênuo ou imprudente
O amor é ópio num ordinário aguardente
Que se esgueira, entra e vicia o descuidado.
Adriribeiro/@adri.poesias
Em andrajos e a bater de porta em porta
Vive um mendigo despojado do orgulho
Mas apesar dele fazer muito barulho
Nem por instantes reverbera numa aorta
Os corações viraram castelos reforçados
Em cujas portas as aldravas tão silentes
Cumprem papéis de afastar inconvenientes
Para proteger seus Castelões ameaçados
Esse andarilho, roto, sujo e esfomeado
Só ameaça o status quo, a paz e a vida
Agitando a alma experiente e precavida
De quem viveu amor em dor entremeado.
Sabiamente fecha a porta, o ouvido, o peito
Não dá guarida ao sentimento desvalido
Ignora-o até que desista e parta combalido
Para onde e o como já não lhe diz respeito;
Pra acalentar esse pedinte esfarrapado
É necessário ser ingênuo ou imprudente
O amor é ópio num ordinário aguardente
Que se esgueira, entra e vicia o descuidado.
Adriribeiro/@adri.poesias