Pedaços
Pedaços espalhados pelo chão
Pedaços de um coração destroçado.
Nas mãos o sangue límpido,
vermelho, efêmero, sem importância.
Nos olhos a frieza e o desprezo
No chão o amor prometido,
Ofertado e depois arrancado sem dó ou piedade.
Pedaços, meus pedaços, todos expostos, todos ensanguentados
Ali só restaram cacos, pontiagudos,
Que me ferem todas as vezes que tento reconstruir meu coração.
Pergunto-me, qual foi o meu pecado?
Mereço tal dor?
Esse coração em pedaços?
Não, não peças perdão!
Não digas nada!
Seu adeus foi o bastante.
Sua voz ecoa aqui.
Deixaste apenas marcas em meu corpo, nada mais.
Marcas que estão se desaparecendo e com elas o meu coração.
Pedaços, só me restam pedaços e nada mais.