Quase... (SONETO)
Neste meu olhar procuro o teu ser
E quase o encontro lá ao de leve
Porque recusado se foi esconder
Noutro quase sitio onde se reteve
O meu quase ser procura o teu ver
Mas este furtivo de mim se absteve
Pousou numa ave nela foi morrer
Soltou-se no quase e em mim foi breve.
Sedentos do verde na busca do ser
Procuram no horizonte um quase céu
Que junte os seus tons no entardecer
E a névoa com brisas em mim a correr
Cobrem-me de mar num quase véu
Que a noite caindo só faz verdecer.