A angústia do poeta
É uma tristeza que não sai dentro de meu peito
Invade as entranhas do mais ínfimo ardente dos desejos
Corrói os sentidos quando me deito
Na amargura efêmera dos medos
É uma dor cuspida de flechas
Com espinhos que machucam o coração
Um lance que o alvo acerta
Com lágrimas brotadas na estação
Assim é a angústia de quem vive desolado
Perdido nas noites frias e febris
A solidão veste o manto sagrado
Dos tristes guardiões dos Brasis
Nossa floresta, que encanto era vê-la
Os rios tão límpidos na constelação do mar
Não sei se era a luz de mil estrelas
Que me transportava para o luar
Só sei que este hino dá advertência
Que dias de lutas coerentes com o céu
Vamos trilhar nos caminhos da essência
O que se dizia ser a sombra do orfeu.