A angústia do poeta

É uma tristeza que não sai dentro de meu peito

Invade as entranhas do mais ínfimo ardente dos desejos

Corrói os sentidos quando me deito

Na amargura efêmera dos medos

É uma dor cuspida de flechas

Com espinhos que machucam o coração

Um lance que o alvo acerta

Com lágrimas brotadas na estação

Assim é a angústia de quem vive desolado

Perdido nas noites frias e febris

A solidão veste o manto sagrado

Dos tristes guardiões dos Brasis

Nossa floresta, que encanto era vê-la

Os rios tão límpidos na constelação do mar

Não sei se era a luz de mil estrelas

Que me transportava para o luar

Só sei que este hino dá advertência

Que dias de lutas coerentes com o céu

Vamos trilhar nos caminhos da essência

O que se dizia ser a sombra do orfeu.

Lucilene Nobre
Enviado por Lucilene Nobre em 06/09/2020
Reeditado em 06/09/2020
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