Despedida

Vida,

Eterna entrega ao adeus,

Que nada lhe retribui.

Frustração e egoísmos

Na esperança de distinção.

Íntimos como amantes,

Que nunca se tocaram,

Orgulho em seus peitos,

Reparação em seus atos,

Carisma, fragrância e indagação.

Solidão em seus domínios,

Em ambos.

Calados e distantes,

Mesmo que sempre colados,

Risos falsos em um baile fantasma,

Vestidos velhos e rasgados

Cobrindo o que se assombra

E se despede.

Falhas lembranças do novo

E tristes do velho.

Trechos decorados de uma existência

Que ainda não se foi.

Matheus Tomaz
Enviado por Matheus Tomaz em 30/08/2020
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