quando ela se despiu causou dor
Quando ela se despiu causou dor.
Ela vivia enclausurada numa roupa intrigante.
Vestes de paixão avassaladora.
Dedicação exuberante.
Mas se via um estrela amadora.
Suas percatas toavam as pisadas da fidelidade.
Uma blusa humilde e dizia que não iria romper.
Uma jardineira marrom, tom de verdade.
Admirada veste que aquele caráter venha tecer.
Puro engano aqueles trajes momentâneos.
Mas a envergadura das cifras a cobriu.
A vaidade que a vida maior que conterrâneos.
A covardia e ingratidão a cobriu.
E um suspiro a misericórdia pediu lhe tuas vestes de outrora.
Ela disse que aquela roupa lhe foi a fora.
Agora se acha forte e valente vestindo se de furor.
Foi quando ela se despiu causou dor.
Foi joana aquela paixão.
Trocou a roupa do amor pela ingratidão.
Giovane Silva Santos