Ainda...
Ainda te guardo naqueles áudios que não tive coragem de excluir. Ainda te sinto aqui, tão perto e...distante. Ainda planejo as férias que não irão tornar-se realidade. Ainda busco pretextos infantis para navegar na galeria do celular, inundada de imagens nossas. Ainda não consigo entender qual o errôneo prólogo que nos destinou ao fim. Ainda não compreendo o porquê dos meus átomos amarem os seus. Tentei encontrar aventuras oceânicas, mas só encontrei pequenos regatos. Logo eu, tão acostumada a te querer. Logo eu... ainda não sei o que responder quando me perguntam o motivo do nosso fim. Ainda resido na sua pele. Meu tato, te sente psicologicamente. Meu pescoço ainda sente suas mãos leves. Mudei tanto depois de você que já não me reconheço mais. Já não uso aquela maquiagem inclinada ao marrom esfumado... Estou tentando, juro que estou, dizimar todas as poeiras que nossa relação deixou. Aquele esmo entre os diálogos. Nossas lembranças, meu oásis. Se era deserto, não era amor.