SENTADO NA PRAIA

Fui à minha praia, sentei-me na areia

A contemplar a majestosa linda baía,

Fiquei chocado por ver águas turvas,

E negras com a invasão do petróleo.

Do teu ventre emanam lavas de dor

Da tua riqueza cobiçada sem amor,

Apenas para enriquecer uns tantos,

Sem se importar com teus prantos.

Das florestas chegam os queixumes

Das belas árvores que são abatidas,

Sem dó nem piedade, destruindo

O habitat verde e muitos animais.

As águas dos rios correm poluídas,

Seus peixes morrem envenenados,

Não fogem ao seu destino, traídas

Pelos homens, deveras enganadas.

Eu fui repelido para outras terras,

Por homens mascarados de feras,

Pra se apropriarem indevidamente

Do meu património, injustamente.

Ruy Serrano - 07.01.2020

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 07/01/2020
Reeditado em 07/01/2020
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