UM DIA DE FUNIL
Um dia de funil
As inclinações vão se aproximando.
Cada cochilo o inimigo semeando.
As consequências de diversos sentimentos absorvidos.
O próprio joio que insiste em se misturar.
A luta pela serenidade tem que vibrar.
Porém somos néscios.
Permitimos e atraímos o plantel de inimigos.
A corrupção do coração.
A miserável paixão.
Quando o homem se propõe a bater na porta do inferno.
Agasalhado com orgulho e disfarçado de terno.
Pois bem, essa aflição, ansiedade e preocupação.
A incapacidade de assumir e construir um ciclo diferente.
Tal qual a justificativa da sanidade da mente.
Em que a loucura do mundo ganha vida em nós.
O miserável dinheiro criando noz.
Eu sou esse produto do mundo que se associa a mil faces.
Viajei na tempestade, na zona do conforto.
Mergulhei no turbilhão e no canal escroto.
Sou palavra de gratidão, por apreciar a retidão.
Porém um rebento vivo de lamentação.
Não adianta chorar o leite derramado pelo passado manchado.
Mas as sequelas são feridas duras de curar.
No leito da dor e de toda oportunidade.
Posso, somente com novo espírito viril.
O tempo, anos, um dia de funil.
É que o caminho fica estreito a mil.
Giovane Silva Santos