UM DIA DE FUNIL

Um dia de funil

As inclinações vão se aproximando.

Cada cochilo o inimigo semeando.

As consequências de diversos sentimentos absorvidos.

O próprio joio que insiste em se misturar.

A luta pela serenidade tem que vibrar.

Porém somos néscios.

Permitimos e atraímos o plantel de inimigos.

A corrupção do coração.

A miserável paixão.

Quando o homem se propõe a bater na porta do inferno.

Agasalhado com orgulho e disfarçado de terno.

Pois bem, essa aflição, ansiedade e preocupação.

A incapacidade de assumir e construir um ciclo diferente.

Tal qual a justificativa da sanidade da mente.

Em que a loucura do mundo ganha vida em nós.

O miserável dinheiro criando noz.

Eu sou esse produto do mundo que se associa a mil faces.

Viajei na tempestade, na zona do conforto.

Mergulhei no turbilhão e no canal escroto.

Sou palavra de gratidão, por apreciar a retidão.

Porém um rebento vivo de lamentação.

Não adianta chorar o leite derramado pelo passado manchado.

Mas as sequelas são feridas duras de curar.

No leito da dor e de toda oportunidade.

Posso, somente com novo espírito viril.

O tempo, anos, um dia de funil.

É que o caminho fica estreito a mil.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 05/12/2019
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