O desmonrono.
E quando a guarda baixa
E só resta ele no pensar
Tenta-se concentrar no agora
Mas o sentir não aceita o postergar.
Lembranças de bons momentos
Onde não se dava valor ao depois
Compartilhava-se do passado
E de um novo presente a dois.
Tudo era tão intenso
E parecia congruente
Mas a distância física foi sedimentada
Pela falta de prioridade evidente.
E da leveza do voar
Veio a dolorosa queda
De quem tinha se permitido a gostar
Mas não ganhou da mesma moeda.
De uma possível boa relação
Veio um inesperado tormento
De um ferido coração
Que se fecha novamente em lamento.
E mais uma vez o medo toma conta
Angustiando um equilíbrio instável
Tenta-se então concentrar no agora
De um sentir desmoronado.