O desmonrono.

E quando a guarda baixa

E só resta ele no pensar

Tenta-se concentrar no agora

Mas o sentir não aceita o postergar.

Lembranças de bons momentos

Onde não se dava valor ao depois

Compartilhava-se do passado

E de um novo presente a dois.

Tudo era tão intenso

E parecia congruente

Mas a distância física foi sedimentada

Pela falta de prioridade evidente.

E da leveza do voar

Veio a dolorosa queda

De quem tinha se permitido a gostar

Mas não ganhou da mesma moeda.

De uma possível boa relação

Veio um inesperado tormento

De um ferido coração

Que se fecha novamente em lamento.

E mais uma vez o medo toma conta

Angustiando um equilíbrio instável

Tenta-se então concentrar no agora

De um sentir desmoronado.

Angela MT Melo
Enviado por Angela MT Melo em 12/11/2019
Código do texto: T6793467
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