Resistência a Paixão
Não, não quero sentir novamente
Borboletas revoando
Dentro do meu ventre
Como se o meu estomago fosse
Um imenso jardim...
Não, não quero sentir novamente
O coração descompassado,
A respiração ofegante,
As mãos e as pernas trêmulas,
Sem nem ao menos ter tomado
Uma taça de vinho...
Não, não quero sentir novamente
O desejo da caricia de um beijo,
E a necessidade da reciprocidade,
Ou muito menos a falta de alguém...
Não, não quero sentir novamente
O fogo invernal da paixão
Que a um só tempo queima e resfria,
O corpo e alma de todo amante!
Não, não quero sentir novamente
A dor da ferida dilacerante,
Que acomete todo apaixonado,
Pois ainda tenho comigo
(Gravado no peito) antigas cicatrizes...