DO AMOR À CÓLERA
Pensei que era amor, mas era uma doença
qual me corrói demasiadamente
me deixando dormente de tanta dor
e me mortificando para a morte.
Amor esse que causa náuseas
a sentir o cheiro de tanto desafeto
de tantas promessas vãs
nojentas, repulsivas e cabotinas.
Essa desilusão é verminosa, bacteriosa e virulenta
que acabam com minha consciência e displicência,
deixando-me num estado de cólera.
Tal cólera é sentimental,
destruindo qualquer viés amoroso,
eliminando qualquer rastro de amor,
obliterando o ódio, o rancor e o desespero.
(SOUZA, Éderson, 18 de outubro de 2019)