Caminhos

Caminhos...

Ainda quero caminhar pelo meu caminho que não é meu.

Quero as flores de lavanda e jasmim que ele plantou.

Para que ao percorrer, pudesse sentir seu perfume.

Gratidão ao meu amor, que juntou meus amores num só caminhar.

Atravessei a primavera mais feliz, pois o inverno que eu guardava no meu coração, havia empedrado todo sentimento e no primeiro vacilo, seria espatifado em mil pedaços.

Não desviei dos atalhos que a brisa do outono me levaram; chorei, sorri, cantei e morri.

Escrevi outros caminhos que também não eram meus, de quem era não importa, ficaram para trás, junto da poeira que misturando com as folhas mortas enterraram o caminho, encobrindo_os com sombras.

E eu continuava a caminhar...

Perdida, confusa, enganada.

Apenas seguia.

Vieram as chuvas de verão, molhei.

Molhei meus pés, meu corpo, minha alma.

Lavei com calma minha vida.

Mas o sol escaldante fez arder minha pele, queimando os desejos da carne de encontrar_me em tua carne.

Maldito sol do deserto, que me prendeu com suas armadilhas de areia.

Desvairada corri pelo caminho que encontrei perdida.

Gritei bem alto, pra quem, também não importa.

Pois todos ouviram, que não vou desistir de encontrar meu caminho.

Insisto em chegar no fim, preciso me encontrar.

Uma Mulher Vestida De Sol.

Uma Mulher Vestida De Sol
Enviado por Uma Mulher Vestida De Sol em 06/08/2019
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