PASSADO
Me voluntariei em uma maquiavélica
história de amor.
Amor? Sentimento almejado por todos os seres humanos. Ora, humanos, detentores
das maiores desgraças mundiais.
Atormentada por um passado inundado
de incertezas. Flagrei-me em um oceano
de facas. No regato, a dor.
Uma alma dilacerada pela ilusão.
Oh, ilusão, atribuída aos mortais.
Uma narrativa aniquilada pelo desejo
sem pudor, sem fundamento. Um fetiche
inominável. Prazer na dor? Talvez!
Deleito-me nos questionamentos que
foram impostos ao meu ser.
Em um cenário retroativo, lhes digo: Cuidado com o desejo, posto que é passageiro.
Amor, ah, amor... A primeira vista, circunspecto.
A posteriori, um fim sem contexto.