O SOLITÁRIO
Prostrando-me nesta enxerga, a olhar a vida
Descobrindo o não achado, procurando o nada
Hora um temor da luz adormecida
Não notando nem o sol da manhã
Também não vejo o molhar da madrugada.
Prazer! Responde-me onde estás!
Será no campo ou na longa avenida?
Dos amores que trilhei nesta jornada,
Todos se foram e hoje sem nada
Só ouço dobrar os sinos da despedida.
Ser bem feliz tendo família
Ter de mãe, pai e esposa carinho
E no derredor de um breve leito
Não sofrer o horror de estar sozinho.
Juro-te até pelo divino
Quero voltar a ser menino
Andar de volta todo o caminho
Remover as pedras que tropecei
E te mudar triste destino.
E a seguir batendo asas e sem ninho
Assim ao meu destino estou sujeito
Buscando o quê? Quem sabe!
Em algum dia um ser perfeito.
Jonas Martins.