O SOLITÁRIO

Prostrando-me nesta enxerga, a olhar a vida

Descobrindo o não achado, procurando o nada

Hora um temor da luz adormecida

Não notando nem o sol da manhã

Também não vejo o molhar da madrugada.

Prazer! Responde-me onde estás!

Será no campo ou na longa avenida?

Dos amores que trilhei nesta jornada,

Todos se foram e hoje sem nada

Só ouço dobrar os sinos da despedida.

Ser bem feliz tendo família

Ter de mãe, pai e esposa carinho

E no derredor de um breve leito

Não sofrer o horror de estar sozinho.

Juro-te até pelo divino

Quero voltar a ser menino

Andar de volta todo o caminho

Remover as pedras que tropecei

E te mudar triste destino.

E a seguir batendo asas e sem ninho

Assim ao meu destino estou sujeito

Buscando o quê? Quem sabe!

Em algum dia um ser perfeito.

Jonas Martins.

Jonas Martins Pedrão
Enviado por Jonas Martins Pedrão em 17/06/2019
Código do texto: T6675426
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.