Mecânica
Quem dera pudesse parar o tempo.
Que o fizesse por uns míseros segundos!
Sendo assim,
poder congelar os nossos sentimentos.
Mas, a verdade é que não posso!
Nem você.
Porque a vida é uma eterna dinâmica,
são engrenagens de um relógio perfeito.
Já nos advertia Isaac Newton,
Não se dura o que leva no peito.
Queria entender?
Queria mesmo!
Preso a esta mecânica, fica o nosso amor;
não fica.
Quero dizer, estará á margem.
Totalmente triturado nesta corrida louca.
Ouça o trem, ele já apita.
Adeus, amor.
Teu beijo ainda esta em minha boca.
E lá se vai as nossas vidas.....
Para onde?
Não sei.
Peço-te desculpas,
perdão pelo tanto que errei.
Deixo-te esta flor;
lamento que esteja desgastada pelo tempo,
quase sem cor!
Inspire, talvez ainda haja sentimentos.
Autor: Francisco de Assis Dorneles