Almas penadas
Perambulam pelas ruas
Almas nuas condenadas ao relento
Distantes do próprio tempo
Perdidas na multidão
Perambulam fugindo da solidão
Vagando desamparadas
Negras, brancas, pardas
Carentes, condenadas
Perambulam desesperadas
Frutos da insensatez
Produtos da intolerância,
Dá ganância e dá desfaçatez
Perambulam sem se aterem ao destino
Entre o profano e o divino
Entre o estampado e o xadrez