Um lugar silencioso
Um lugar silencioso
Era aqui à tua eterna morada
Um ninho de amor
Onde uma única andorinha fez revoada
Foi sol de verão, esperança minha
Após noite inteira de trovoada
Era estrela única da minha constelação
Que aos meus olhos brilhava
Amor dá minha vida
Diante de ti meu coração disparava
Era dona do meu prazer
Ofegante por ti como eu ficava
Senhora dos meus desejos
Por cada beijo teu como um menino esperava,
Habitavas em meu humilde peito
Era bon vivant na esbórnia se esbaldava
Por muito tempo um grande amor
Pra ti meu pequeno coração
Com lágrimas de sangue chorava
Amar sem ser amado
Destrói um ser humano
Corrói toda à esperança
Diluindo os sonhos de um homem
Deixando sentado à beira do abismo da loucura chorando feito criança
Cabisbaixo por socorro esperava
Triste um lugar silencioso
Dizem coração de gente ninguém anda !
No meu andou alguém frívola,
Sem sentimentos ignorava o amor
Às rosas deixadas ao seu lado sobre o cobertor,
Jantar à luz de velas com palavras doces que minha boca propagou por dentro daquele
ser vazio tantos foram os ecos das minhas eternas juras de amor que ali silênciou
Triste um lugar tão silencioso
É meu coração magoado como você deixou
Foi tão barulhento no dia que meus olhos
Por te se encantou pulava de alegria
Gritava dentro de mim tão alto
Aí está meu eterno amor !
Fatídico é o encontro com gente da alma pequena,
Garimpeiros de sentimentos !
Remove da essência do meu ser
À grande alegria de viver
Pra que existir nessa vida sem amar você
Me atiro no poço profundo do desespero
Nesse lugar silencioso não quero me ver
Te amei profundamente com lágrimas
Sofro e choro eternamente à morte desse amor
Hoje apenas entre nós só o silêncio restou.
Ricardo do Lago Matos