Não Conto
Queria demais escrever um conto
Mas os músculos travam e pronto
Para descrever a história acontecida
Só mesmo à custa de boa bebida
Então meu pensamento vai à deriva
Buscando entender o porquê da vida
Muda, lembrando da paixão torturada
Em que eu te quis e você só zombava
Por isso não conto com toda exatidão
Já que a união teve uma única mão
A mulher precisa ter orgulho e recato
E saber abdicar de detalhar uns fatos
Basta saberem que foi algo grandioso
Na inocência de ignorar viver um jogo
Mas quando eu superar esse bloqueio
Quem sabe conto o conto por inteiro?
Quem sabe um dia vira conto a poesia?