Suave palpitar
Ele sorriu...
Palpitou suave e se despediu.
Agradeceu uma vez mais antes de repousar
e partir sem hora certa pra voltar.
O pequeno mundo que habitava em meu ser
tornou - se frio uma vez mais.
Tornou - se silêncio, abafando a tal tormenta.
Cerrou os olhos de minha mente,
e do brilho restou apenas um cintilar opaco.
Era um erro evitado por tão pouco,
um disparate,
quando não se protege
a fortaleza de pedra que jaz viva dentro da alma.
Encarcerando os devaneios e apagando as ilusões.
Evitou que a roseira fosse morta
e obrigasse a si mesma,
a se trancar em meio a espinhos.
Escondeu o canto alegre das aves primaveris
e retesou em minha carne
o tornado furioso que traria novamente o Inverno.
Chegou como brisa, filha bela e esquiva do astuto Éolo.
Veio, mas nunca quis ficar...