TENHO PENA DE MIM

Tenho pena de mim,

Não sei porque nasci,

Para sofrer tanto assim,

Assistir a tanta miséria,

Nada é como supusera,

Ver a natureza revoltada,

Os homens em conflito,

Solta-se de mim um grito,

Desespero sem fazer nada,

O Mundo não tem remédio.

Desde os primórdios até hoje,

Que a vida na terra é assim,

Será de guerras até ao fim,

Dá-me ganas, mete-me nojo,

Sei que vou morrer desiludido.

Antes desiludido e não perdido

Neste Mundo, sem um futuro,

Em que a violência acabasse,

Com o abraçar da humanidade,

E que a Paz fosse fruto maduro.

Tenho pena de mim, impotente

Me acho, sou eterno padecente.

Ruy Serrano - 22.07.2017

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 22/07/2017
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