Pagas de um amor não correspondido
Com quantas palavras um coração pode ainda se iludir?
Escritos conhecidos, tão somente esperados, queridos, sonhados...
sensações inventadas por um sentimento torpe e claudicante,
galgando as razões iminentes, deixando-se levar adiante...
Em quantas ilusões uma mente pode ser aprisionada?
Na infinidade de ausências, nas expectativas vagas, frustradas...
saber que alguém se diverte, estar inerte ante aquela que profana.
Como seria realmente a alma de quem tanto engana?
Dos dissabores, quase todos experimentados, nenhum proveito.
O entendimento de que, de fato, está tudo acabado, foi feito.
E o coração segue imerso em remorso, resistindo com esforço,
levando a mente às chicotadas da alma, em seu próprio dorso...