DESABAFO POR UMA TRAGÉDIA
Tantas dores sofridas,
Tantas lágrimas perdidas,
Nesta tragédia dantesca,
Não sou nada que preste,
Gostaria de ser cipreste,
Para renovar a floresta
Que foi devastada,
Por labaredas do inferno
Que desceram à terra
Para destruir a natureza,
E assassinar pessoas
Laboriosas e inocentes,
Com actos indecentes.
Perdi-me, não me reencontro,
O caminho está negro,
O ar denso e irrespirável,
Destruição condenável,
Não permite chegar ao fim,
Tropeço em corpos queimados,
Deste Mundo afastados.
Deixei de ter projectos,
Somos todos objectos
Nas garras dos monstros
Que usaram do fogo,
Para destruirem o globo.
Não há nada que eu possa fazer,
Apenas rezar pela alma dos defuntos.
Que lá no céu estão todos juntos
A orar pela sorte do nosso futuro.
Ruy Serrano - 18.06.2017