PÚRPURO HÁBITO
e te partindo ao meio
Às vistas, expor os átrios
E haurir tuas veias
Ignorar a púrpura
Mostrar teu oco
Diante de todos, teu vácuo
Franquear tua falta
Abnegar o opróbrio
Provar que de nada és composto
Que és d'uma pobreza incalculável
Que até o vazio deixou - te
Em face de tua miséria.
Que, se pulsas, é púrpuro hábito
E, pós escancarado, cimentar-me dentro.
Invadir teu hospedeiro
Atulhar - te de mim
Inundando, dele, o pensamento no inteiro.