INVULGARMENTE DIFERENTE
Neste vendaval de ódios e agressões,
Agarro-me a uma tábua de salvação,
Para cavalgar as ondas dos inimigos,
Que tentam afogar-me sem remissão.
Invulgarmente diferente, defendo-me
Dos ataques desferidos por marginais,
Nadando submerso pra evitar petróleo
Derramado pelos poços em chamas.
Chamas que queimam e dilaceram
Sem piedade, a alma e o coração
Dos mais pobres e desfavorecidos,
Que se sentem tão desprotegidos.
Invulgarmente diferente, impotente
Me sinto para defrontar o inimigo,
Que ataca com mais armas que eu,
Que sou invulgarmente diferente.
Ruy Serrano - 05.01.2017