Ave solitária
Ave solitaria.
Abro as asas debilitadas
E faço um vôo solitário...
Sinto a solidão me abraçar
forte de repente...
E cruzo o horizonte do Sul ao norte
Em pequenos vôos do pensamento!
O perigo é meu companheiro
Num vôo tímido me embrenho
Mas, as decepções tentam me derrubar
E atrapalhar meu vôo de liberdade,
Penso até que que não nasci pra voar...
A tristeza mais uma vez
Jogou seu manto sobre mim
E me prendeu com seus braços fortes!
Por mais que eu tente,
Não consigo escapar de seus açoites.
Sou ave solitária,
Trago no peito um coração
Desiludido e cansado
De remar contra a correnteza
De sorrir com o coração
Cheio de tristeza.
Negras noites são minhas companheiras
De seu encanto sou prisioneira
Voarei solitária a vida inteira
Está é minha sina derradeira.
Léo Lima