A MÁGOA

O entardecer anoitou-se...

A voz tênue da alegria desapareceu...

As lágrimas calaram-se...

O sabor da dor inundou a pétala vermelha.

Sábia e eficaz!

Andante e crente!

Traz desilusões vivas...

Falece a altivez do crer...

Perambula nas químeras viajantes,

para dar ênfase...ênfase...ênfase...

a doída fórmula do dissabor.

Trilha agudamente nos devaneios.

A pétala vermelha ocultou-se...

Invasões de pensamentos intrínsecos

se observam desesperadamente

para soletrar o que é a mágoa.

Unilateral e transversal,

o urgido da voz longínqua atravessa

obcecantes e frígidos interiores

da quietude onipotente e vivaz.

Veracidade infeliz!

Vá embora das moradas sensíveis!

Não desanime a alegria de ressurgir!

Não destrua pétalas e pétalas...

Invadirá outro túnel obscuro,

quando a pétala emergir nas calmarias.

Mas sempre renascerá com alquímia,

literalmente nos translúcidos sensíveis.

Janetizinha
Enviado por Janetizinha em 28/09/2016
Reeditado em 28/09/2016
Código do texto: T5775666
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