A MÁGOA
O entardecer anoitou-se...
A voz tênue da alegria desapareceu...
As lágrimas calaram-se...
O sabor da dor inundou a pétala vermelha.
Sábia e eficaz!
Andante e crente!
Traz desilusões vivas...
Falece a altivez do crer...
Perambula nas químeras viajantes,
para dar ênfase...ênfase...ênfase...
a doída fórmula do dissabor.
Trilha agudamente nos devaneios.
A pétala vermelha ocultou-se...
Invasões de pensamentos intrínsecos
se observam desesperadamente
para soletrar o que é a mágoa.
Unilateral e transversal,
o urgido da voz longínqua atravessa
obcecantes e frígidos interiores
da quietude onipotente e vivaz.
Veracidade infeliz!
Vá embora das moradas sensíveis!
Não desanime a alegria de ressurgir!
Não destrua pétalas e pétalas...
Invadirá outro túnel obscuro,
quando a pétala emergir nas calmarias.
Mas sempre renascerá com alquímia,
literalmente nos translúcidos sensíveis.