APENAS BRISA
Dona de mim vagueio por caminhos íngremes
Numa busca tropeço nas armadilhas do destino
O soluçar de um mágico anjo ainda comprime
Doces palavras flutuam no rio e vão sumindo
Cheio de vinho emana o cântaro da desilusão
E a vida em mim tropeça aguerrida na solidão
Os gritos ecoaram repetidos em vários ecos
E quase te acredito, mas virou réu confesso
Nas sombrias madrugadas o zumbido do vento
Traz de volta o sonho entre espessos lamentos
A suplicar um belo rosto na memória perdida
Onde vagueia o silêncio que enfeita a vida
Tal qual um manto perdido e solto no espaço
Apenas a brisa gelada molhando o abraço
12/03/2016.
poesia registrada
Esperança Vaz