Ilusão

Busquei a essência de mim
e me vestí como se veste
a roupa mais nova,
para te receber.
E me fiz casa e me fiz sala
e me fiz espera
para a entrega mais verdadeira.
Te trouxe junto à mim,
pois meu coração em festa,
Abriu-se por inteiro
ao que inteiro, prometeu.
Mas na contra mão da existência,
vieste em capa de tecido forte
que ao longe, líneo vaporoso,
contemplei.
Mas Não eras tu,
que, em segundos,
a mim se assemelhou.
Não senti o abraço guardado,
nem coração igual tambor.
Nem amigo, nem casa , nem teto,
e nem música cantada
em aparente uníssono
milenar.
zilma Damasceno
Enviado por zilma Damasceno em 04/07/2007
Reeditado em 19/09/2008
Código do texto: T552384
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